Tatuagem atrapalha na hora de arrumar emprego?
23:13:00
A content management Andressa Schneider, da agência de empregos 99 jobs,
explica que apesar da resistência por parte de algumas empresas, a
popularização das tatuagens trouxe um novo olhar para o mercado de
trabalho. “A gente nunca recebeu um "veto" de algum contratante quanto à
tatuagem - até porque isso seria discriminação. Mas sabemos que existe,
principalmente em empresas com o perfil mais conservador”.
Para quem pensa em fazer tatuagem e tem dúvidas, Andressa sugere
algumas dicas para que não haja problemas – antes ou depois da
contratação. Assim, um pouco de discrição e a diferentes formas roupas
também podem ser um grande aliado para quem já tem o corpo desenhado.
- Se a pessoa já foi contratada com a tatuagem, não haverá problemas.
-E se o profissional quer ter tatuagens e acha que a empresa
"vai resistir", vale a pena pensar um pouco - se esse lugar tão
inflexível realmente reflete o tipo de ambiente em que se quer
trabalhar
- E se sim, se a tatuagem pode esperar mais um pouco ou ser "repensada" para locais que podem ser facilmente ocultados”.
Já em casos de excessos por parte dos empregadores, Andressa explica
que a flexibilidade por parte de ambas as partes pode ser considerado a
melhor saída para a situação.
- Ninguém precisa tolerar desrespeito. Agora, acredito que um
pedido para ocultar a tatuagem em uma reunião com clientes ou algum
outro momento, também pode ser considerado.
- Não há necessidade de ser inflexível.
Para ilustrar melhor a questão, o Catraca Livre
entrevistou a professora Renata Alves, que leciona para alunos de 12 a
18 anos. “Dou aula para alunos que estão entre o 8º ano do Ensino
Fundamental II e o 3º ano do Ensino Médio, e a aceitação,
particularmente em sala de aula, é tranquila e não costuma ser chocante -
no sentido de algum aluno se surpreender pelo seu professor ter uma
tatuagem”.
Com a popularização das tatuagens nos últimos anos, Renata crê em uma
mudança de pensamento, dentro e fora da sala de aula. “Acho que isso
acontece, pois a ideia de marcar o corpo, hoje em dia, embora ainda
sofra certo preconceito por alguma parte da sociedade, já está mais
disseminada no próprio convívio familiar. É comum considerando que os
meus alunos mais novos podem ter pais de 30, 35 anos, que a mãe, ou
familiar próximo, já tenha feito uma tatuagem. dessa forma, o que
poderia parecer transgressor, hoje é comum e até motivo, muitas vezes,
de admiração”.
Por outro lado, a professora avalia que entre preconceito e a
aceitação, o que vale mesmo é a qualidade do trabalho realizado no dia a
dia, acima de qualquer julgamento.
Renata explica que para decidir seus desenhos, primeiramente, levou
em conta as consequências que elas poderiam ter no mercado de
trabalho."Eu tenho duas tattoos, uma bem pequenininha no pé, e outra
média, que começa no ombro e termina nas costas. A pequena, eu fiz
quando tinha 18 anos, e a média quando tinha 21. Esta última foi feita
um mês depois da minha formatura da faculdade, ou seja, eu escolhi um
lugar que eu conseguiria esconder facilmente, uma vez que sabia que
poderia encontrar algum empecilho, caso a política do colégio onde eu
fosse trabalhar não aceitasse professores tatuados. Assim, na minha
rotina diária, os desenhos não ficam aparentes, mas quando vou às
formaturas ou festas dos colégios, tenho total liberdade para escolher
roupas que não cubram as tattoos”.
Entretanto, a proposta ainda se encontra engavetada, à espera da apreciação do plenário. "A única iniciativa que tenta impedir a discriminação no ambiente do trabalho é esta. Entretanto, a própria constituição prevê a lei 7.716/89 como crime de preconceito ou discriminação racial, auxiliando pessoas que passem por esse tipo de situação".
~Créditos: Catraca Livre
Bom, o jeito é comprar MUITA make e fazer igual ao Rick Genest.

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